A política brasileira e seu próprio opróbrio
Mais
um ano, mais eleições e as pataquadas de sempre ressurgem. Até quando nós
agiremos aguardando alguém decidir em nosso nome? Séculos transcorreram e o
sebastianismo messiânico se apossou do inconsciente coletivo de tal maneira,
que a culpa e a responsabilidade de nossa situação atual cai sobre quem? E os
resultados de sua situação, castigam quem?
A
falta de consciência por parte das pessoas capazes de agir por um futuro mais
digno – nós, não nossos representantes atuais – traz cada vez mais ao espaço
público, seres mais ignóbeis e perigosos. Apologia ao ódio e a
responsabilização do mais pobre pela sua condição, estão sendo a base de
plataformas políticas que angariam apoio nas pessoas desconhecedoras de sua
história. Assim, nazismo, fascismo, nacionalismos extremistas e xenófobos foram
concebidos.
Cada
sigla partidária apresenta suas soluções, entre intrigas e conchavos, surgem
novos velhos nomes sob fantasias irracionais ilibadas. Demonstram resultados
positivos inexistentes para problemas aparentemente eternos e resoluções
perfeitamente fáceis para problemas complexos. Ou são supercapacitados – o que
não se provou até hoje – ou falaciosos engomados sofistas, que vendem sua
imagem ilusória aos bestializados – o que tem ocorrido!
Novos
nomes apresentam-se com novas possibilidades. Novos? Alguns apenas herdeiros
dos velhos coronéis, outros nomes aparentemente, são possibilidades
alternativas ao velho modo. Será?
Essas novas
personagens apregoam o controle da economia pelo livre mercado?
Armar a população
para o fim da violência?
Dizem que defender
direitos de grupos segregados ao longo da História é mimimi? E outras
barbaridades?
Ou, defendem os
direitos de trabalhadorxs e aposentadxs?
Buscam educação
equânime, libertadora e inclusiva de qualidade e capaz de unir ao invés de
fazer competir?
Lutam pelos direitos
de grupos marginalizados?
Planejam uma economia
favorecedora dos mais pobres?
Bater
o pé para candidatx à cadeira do executivo não é o principal! Debatemos qual
seria melhor, mas nos aprofundamos nas discussões na ocupação das cadeiras do legislativo?
Vivemos em uma república democrática recém-nascida, convalescendo numa UTI,
onde o Congresso toma as decisões junto aos seus patrocinadores e amigos de
toga. Lutemos sim por nossxs candidatxs ao executivo, mas lute com empenho
contra as bancadas que tornam nossa república vezes latiofundiocrática, vezes
religiocrática, vezes belicistocrática e por fim exclusocrática. Pois, são elas
que estão definindo o nosso futuro. Se há dúvidas sobre essas palavras... preste
atenção em que está na cadeira da presidência!


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