Gnothi Seauton Meden Agan – Nosce te ipsum (Temet Nosce)
Sempre cremos
naquilo que nos conforta, que nos traz segurança. Não que isso possua um
sentido lógico, pois a vontade de acreditar não necessariamente é racional.
Crer no que queremos é muito mais estimulante em relação ao plausivelmente
real, efetivamente verdadeiro se é que algo assim exista, seja fisicamente ou
metafisicamente compreensível até então. Alguns questionamentos têm direcionado
o caminhar social, sempre alocados como importantes, mas pertencentes somente
àqueles que de alguma maneira, “conquistaram”, “adquiriram”, “possuem” os
requisitos solicitados para a nobre função do questionar. Oferecem inerentemente
o escudo e a espada, a doença e a pseudocura e por terem o controle dos
opostos, seguimo-los como o manso rebanho que se acotovela e se pisoteia na
busca do agir correto?
Assim os
seguimos, religiosa, política, cultural, filosoficamente e por todas as sendas
e conceitos expostos ao longo de éons. Talvez porque essas pessoas “conquistaram”
(não sei se seria o termo apropriado) o divino direito, em determinado momento.
O direito ou poder de decidir por nós e sobre nós, guiar-nos, ensinar-nos,
educar-nos, julgar-nos... por quê? Esses seres, átomos, mônadas, Egos, atmans, atmas ou quaisquer nomenclaturas que lhes possam ser atribuídas
receberam uma autorização, foram escolhidos, houve aclamação, venceram combates
e o prêmio por isso foi esse poder, dom, castigo, magia (em seu sentido
profundo, sabedoria) ou direito?
No contexto
espiritual – diferentemente do religioso, se compreendido o espiritual ou
espiritualidade como um processo empírico do ser se conscientizando de Si mesmo
e vice versa, sendo autopercebido como transcendente, além da percepção física
de existência até seu limite permitido/conquistado de acordo com sua evolução –
muitas vezes confundido com o religioso/religiosidade ou religião. Quando a
religiosidade sendo um processo apresentado a outro, válido como exemplo, uma
experiência externa, conhecimento exterior, ainda inconsciente de sua
integralidade, totalidade física, astral e causal. Essas explanações apresentam
as diferenças que servirão como ilustração do impermanente domínio por
determinadas pessoas, em determinados contextos e períodos históricos.
Atentar ou
creditar ao que não é usual pode ser um exercício relevante, para uma apreensão
maior daquilo que a espécie humana capacitou-se a conceber como pensamento
metafísico. Quando da criação do que nomeamos universo, a teoria que ocupa um status de aceitação é a do Big Bang, essa nada mais é do que um eco
das muitas culturas antigas e mistas e suas consideradas lendas.
Para alguns
místicos judeus, a existência que vivenciamos é apenas uma pequena porção, 1%
manifestado para que pudéssemos vir e readquirir/conquistar/requerer/receber o
que já seria nosso. Por nossa vontade e autorização do tetragramaton (representa o nome que não deve ser pronunciado) e
sob seus 72 aspectos estamos aqui, pois, não concordamos em termos tudo sem termos
por isso buscado. Os 99% restantes são a realidade sem precedentes, a única da
qual vislumbramos um ínfimo ponto; originado de um: ponto. E por encarnações
seguidas, teoricamente nos aproximam ou nos afastam de algo que é já está em
nós, porém, para o aprendizado (evolução) acontecer (pode levar mais ou menos
tempo, sendo esse último uma ilusão) acabamos por esquecer determinados
conceitos como no mito grego de Er,
ou seja, agimos no escuro. Mas pelo nosso esforço encontramos os meios e os
fins. Escolhemos experimentar o que vivemos, as consequências de nossas ações.
Quando há harmonia o caminho segue em paz, quando em desarmonia algo precisa
ser apreendido. Nada de bem ou mal, apenas resultados de escolhas/ações, mais
uma vez “esquecidas”, mas através de estudo, contemplação e aceitação são
entendidas e sobrepujadas.
Uma outra
conceitualização, muito interessante sobre cosmogonia e antropogênese, surge
dos Vedas e seus ensinamentos, Upanishades – tratados filosóficos
sagrados – sob orientação dos Rishis.
Oriundos de alguma outra parte do cosmos, ou seres que na evolução
estão/estavam em um grau elevado e habitavam com ou como grandes divindades na
Terra e/ou em outro planeta desse mesmo sistema, ensinaram os caminhos de
reunificação em Parabrahman, o poder
e/ou consciência e/ou inteligência presente em toda a criação que é a
manifestação de sua vontade, seus pensamentos. Representa-se como
destruidor/restaurador na manifestação de Nataraj
ou Shiva; como mantenedor/provedor Vishnu e seu avatar Krishna e criação/organização da manifestação Brahma.
A existência
de tudo, de átomos a universos, passam, por exemplo, pelo “dia” de Brahma, que
abrange momentos de expansão e contração, como a respiração, respectivamente, manvatara (manifestação) e pralaya (descanso). Perceptível em todas
as escalas, de células a sóis, de formigas a galáxias, de nós a multiversos. E
de encarnação em encarnação, sob as consequências das escolhas, que podem ser
neutralizadas pela prática de diversos tipos de Yoga – união com a inteligência suprema. Desde que sejam não só
ritos, mas a percepção do Eu em nós. Todas as divindades são representações do
Absoluto, sem forma, não se pode considerar o hinduísmo uma religião, já que
contempla períodos ancestrais da presença, habitação e reconhecimento de
divindades entre as pessoas. Nem uma crença politeísta, por atribuírem a
criação/manifestação como resultado de um princípio uno, exemplificando seus
aspectos em uma enorme variedade de seres divinos.
No caso da
Suméria, uma região que alguns estudos afirmam ser mais antiga que a ocupação
no Vale do rio Indo e do Ganges, possuía ou possui como melhor
considerar, uma crença originada em seres que em busca de uma substância para
salvar a atmosfera de seu planeta, NIbiru,
encontraram na Terra – que resulta de uma intervenção desse globo gigante e
seus satélites em outro planeta: Tiamate
– o ouro, objeto sagrado, de alta condutividade e desejado por todos e de
grande valor. A concepção de divinização e sua estruturação dentro do
pensamento metafísico podem encontrar-se nessa relação. Para prospectar o material
abundante os seres vindos dos céus, os anunnakis,
começaram a trabalhar organizando seu complexo na Terra.
No ciclo ao
redor do nosso sol a cada 3 600 anos em seu perigeu (alguns teóricos crêem na
sua proximidade, após um possível contato visual na década de 1980 e ainda
presente), os anunnakis interferem na
humanidade criada e melhorada geneticamente pela miscigenação entre as “deusas”
e os seres que aqui se encontravam, agora sob sua imagem e semelhança. O
encontro ou contato ocorreu há quatrocentos mil anos e permanece. Foram
chamados de deuses astronautas, os contos e registros hebraicos originam-se de
suas histórias desde a “criação” do Adam
Cadmo (povo primeiro feito de terra escura), até os poderes “inexplicáveis”
de alguns humanos descendentes dos habitantes de Nibiru/Marduk. Além dos hebreus e indianos, egípcios formaram e
conceituaram da tal fonte. É conveniente citar que relacionam-se com todas as
culturas antigas e participam dos acontecimentos mais conhecidos e dos
periféricos da humanidade. E ao seguir do tempo o reinado de algum desses anunnakis, ou anakins construíram ou derrubaram impérios até a atualidade pelo
mundo. O tal 12º planeta interfere também na órbita de outros astros, o que
explicaria certas anormalidades em nosso sistema e adjacências.
Podemos
estabelecer relações entre Constantino e os anunnakis?
Por mais cômica ou absurda que possa se apresentar essa suposição, lembre-se
que Constantino, após “vislumbrar” no céu o sinal de uma cruz determinou que o
cristianismo fosse a religião oficial do império. Tornando-se a corrente
religiosa mais conhecida no ocidente, oriunda de ensinamentos de um místico
judeu, descendente da casa de Davi, que como signo que a representa tem uma
estrela de seis pontas. Sendo sua primeira aparição, nas tabuletas de barro em
escrita cuneiforme, simbolizando uma área/grupo muito importante na estrutura anunnaki na Terra. O místico Jesus,
alcançando o grau de Cristo, teve seu legado chamado de cristianismo,
transformado em religião e desde então, deturpado ou “adaptado” para cada qual
compreender sob seu nível evolutivo. Há registros de sua estadia, encontrados
pelo pesquisador russo Nicolau Notovitch e tantos outros em um mosteiro budista
em Ladakh no Tibete, no período em
que nada se sabia sobre ele. Está nos escritos como o homem santo de Israel,
chamado pelos monges de Issa, raiz de
Ishvara, assim como na Cachemira e
norte da Índia, chamado de Yuz Assaf (nomes
muito próximos a Yeshua) onde viveu e
formou família após ser crucificado. Região onde foi ensinado o busdismo
tântrico pelo Boddhisattva Padamasambhava.
Seus ensinamentos mais profundos, assemelham-se incrivelmente aos do budismo
tibetano de Tatagata, a filosofia
socrática, ao estoicismo, taoísmo... ainda no conceito de autoconhecer-se e
tornar-se responsável por seus atos e as consequências deste.
Sendo
Deus/deus uma presença no indivíduo, cabendo a ele, com a ajuda ou não de um
mestre/guru conscientizar-se dela, despertar búdica e cristcamente, aceitando
seu adversário interno, ego e superando o adversário externo, ilusão manifesta,
ou como conhecida entre swamis, hindus e teósofos como maya e sua conexão com o físico
fecundado pelo espírito ou inteligência onipresente e divina em tudo e no ser.
Assim sendo, nada é externo, tudo está no indivíduo, as apreensões e dialéticas
são interiores e se manifestam no mundo sob suas percepções desse. Mesmos
ensinamentos, bocas diferentes, ressoam de aspecto congruente ainda no Islã,
sufismo, jainismo, gnosticismo, zoroastrismo (os 3 reis magos – sábios – que veneraram
Jesus eram persas), Ki kung,
xamanismo, etc.
Quem assumiu
para si, a responsabilidade por séculos de como guiar as ovelhas sob o legado
de Jesus foi a Igreja Católica (do grego: universal, para todos). Antes de suas
cismas e conflitos ainda maiores, modificou alguns conceitos ou dogmas ou
ensinamentos – pode-se dizer que foram necessárias? Um muito interessante foi
sobre a reencarnação. Desacreditando Orígenes, Clemente e suas palavras,
Justiniano e sua esposa Teodora, no II Concílio de Constantinopla no ano 553 do
calendário gregoriano, resolveram excluir o preceito reencarnatório, pois,
poderia “interferir” na percepção de existência do indivíduo. Procrastinar sua
“boa conduta” para uma vida posterior, seria o motivo ideal definido como credo
às massas. Complementando os dogmas ortodoxos e protestantes. O que retira do
indivíduo sua responsabilidade e a atribui a um ser superior onisciente que
decide por ele, magnífica ferramenta de controle!
Aparentemente,
esse ensinamento reencarnatório era primordial nos tratados egípcios, já que na
não compreensão integral deste, o trabalho de mumificação na intenção da alma
retornar ao mesmo invólucro ocorria.
Quando não, os sacerdotes faraós percebiam-se por vezes como a (re)
encarnação de alguma divindade ou aspecto do uno inicial. Além de grandes
conceituações referindo-se às tecnologias (teoricamente na atualidade
inoperáveis), presentes concomitantes nos contos sumérios e indianos. Como os
seres oriundos das Plêiades, do entorno de Sírio, Vênus, Vulcano, nossa Lua,
Nibiru – Marduk – Nêmesis – Hercolubus, Saturno, dimensões paralelas, planos
sutis de existência, nossas creações
e etc.
Parece-me
mais racional pensar que esses poucos comentários, que discorrem sobre algumas
anÁlises de mundo e criação ou creação
fazem sentido. Do que aceitar alguns poucos anos de existência física
“consciente”, depois uma pausa num local mais ou menos agradável durante
determinado período até um deus juiz dizer se vou arder no inferno – parece
haver um momento próprio para o arrependimento total - ou alegrar-me no paraíso
céu. Lembrando que até o “céu” possui estamentos, seja nos nove reinos,
domínios e potestades... ou nos 3 graus, ainda no último com divisões bem
específicas. A mitologia grega, como outras, ensina não um inferno de castigos,
mas o mundo onde habitam as almas sem corpo físico, do qual só se sai com
benesse de algum olimpiano. Seria um local real na Terra. No Antigo testamento,
primeira parte da bíblia utilizada pelos cristãos, de origem hebraica, o tal
inferno baseava-se em um local onde lixo era descartado e queimado, e onde os
mais pobres perambulavam, assim como os que sofriam com a lepra e outros
marginalizados pela sociedade. Nunca houve clareza sobre o referido espaço
infernal. Para os semitas e adomitas, antepassados hebreus – Abraão, as terras
inferiores se localizariam fisicamente na Terra, bem abaixo do que se chama
atualmente linha do Equador, local de exilados e possíveis criminosos. Oposto
diametralmente ao E-din do povo Adam Cadmo.
O castigo ou
salvação eterna dentro de toda a estrutura universal concebida, ou não, pelo
intelecto humano dá-se por poucos anos no ser chamado Terra, que seria o deus
que atende nossas necessidades primevas e
que vive há bilhões de anos? Mesmo para os mestres que vivem duzentos,
trezentos, quatrocentos anos ainda seria pouco, apesar de uma qualidade
exorbitante de utilização de seu tempo. Nossa existência nesse manvatara é um relâmpago no céu da creação cósmica, relâmpagos ocorrem mais
de uma vez! Apesar de ser mais fácil ser cético ou ateu quanto a tudo isso,
buscar respostas apenas em evidências ditadas por discursos autorizados e
especialistas, que em momento algum se colocam contra o senso comum, apenas
repetindo o mais prático, o que mantém o controle, o que não permite questionamentos
sobre causas e condições. As respostas não são a resposta, a resposta são os
questionamentos, esses movem a evolução. Então será tudo isso nossa invenção?
Somos apenas fantoches? Aglomerados de células, germes e bactérias? Células no
corpo de um ser maior, que complementa outro ser, que faz parte de outro ser e
assim até a totalidade? Somos responsáveis por nossos atos e respondemos por
eles? O que você acredita é a verdade? Ou você tem medo de descobrir que tudo
não passa de ilusão, um teatro cósmico? O que está além se faz presente?
Passado e futuro são reais? O agora é real? Existimos quando achamos não
existir? Não existimos como achávamos que existiríamos se assim fosse? Quem é
você? O que você é? Um nome? Um gênero? Uma coisa? Uma função? Um cargo? Uma
profissão? Adjetivos? Pensamentos? Sensações? Raciocínios? Somos só isso? O que
é “isso”?
“O homem, em seu orgulho, criou Deus à sua imagem e
semelhança”.
Friedrich Nietzsche, filósofo alemão (1844-1900)
Friedrich Nietzsche, filósofo alemão (1844-1900)


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